a complexidade é tão easy de se viver.

Eu não sei se alguém sente a mesma coisa que eu mas as vezes eu preciso desabafar, não digo chorar até minhas pálpebras não aguentarem mais ou falar que nem uma tagalera num ombro amigo, preciso desabafar para mim mesma, preciso ficar no meu quarto sozinha e conversar comigo mesma, fazendo um íncrivel brainstorm de mim mesma e tudo que penso e falo conforme vai rolando as palavras são vomitadas num texto qualquer, é isso que sinto agora.
Eu não sei ao exato porque mas eu tenho mania de me fazer sentir triste para ver se consigo sorrir depois, algumas pessoas dizem "É o inferno astral, relaxa!" mas eu sei que não é, o inferno astral sou eu 365 dias por ano, 24h por dia, eu sou meu próprio inferno e céu ao mesmo tempo e sei passar de um para outro em questão de segundos.
Eu escrevo por deslumbre, por impulso, por gostar do que escrevo e por odiar do que não falo. Estou olhando meus bichos e pensando no que realmente escrever de útil, algo impactante que acione algum sentimento em qualquer um que leia mas eu no fundo não estou me importando e não quero me importar, dá muito trabalho, é boring demais pro meu gosto. Eu sei que quando eu terminar de escrever vou achar milhões de defeitos e vou achar lindo todos sem tirar nem por, eu gosto dos defeitos, em particular das diferenças deles, é o que torna as pessoas únicas para mim, é igual música, tem a mesma letra, a mesma melodia para todos mas cada um tem seu motivo de apreciar ou não.
Eu talvez esteja apreciando as coisas demais e me perdendo um pouco nisso, não tem mais espaço para as pessoas, não tenho espaço para mim mesma, eu quero respirar e mostrar pro mundo do que sou capaz mas o mundo está cagando e andando pra o que estou fazendo e eu deveria fazer o mesmo, só para ele deixar de ser um merda.
É pura verborragia de melancolia de fim de ano ou só mais uma verborragia de uma noite solitária. Apesar disso, sinto que estou com todas as pessoas que gostaria de estar e estou no lugar aonde eu queria estar, no aconchego do abraço de um, no sorriso faceiro do outro ou na voz do grito que ecoa por aí..

É assim, sem tirar, nem por.