amargo, doce.

Queria escrever por mim, por ti e se fosse possível, por nós. Mas eu não sei como começar e também não sei quais palavras usar, talvez eu fosse breve, talvez você quisesse desabafar, quer saber, sei lá.
Te escrevi uma carta, deixei pra te dar depois do jantar mas por descuido meu, comi-a sem querer.
Você me escreveu uma carta e eu a devorei o quanto antes para poder digeri-la depois, suas palavras eram doces e amargas, quer dizer, quem não gostaria de uma carta escrita por ti, não é? Tão, tão, tão sua..
Queria escrever uma carta por nós dois, uma iria guardar para mim mesma e outra iria te dar e te ver guardar, só que eu realmente não sei que palavras usar e nem acho que você usaria essas palavras que me vem a cabeça nesse extato momento, eu só queria escrever, sem saber o que, por quem ou por quê, só que no fundo eu sei que é all about you. Não que eu esteja me queixando, oras, falar de ti é como se falasse de mim, só que ao contrário, entende? Você é meu oposto, guri.
Tem coisas que me fazem chorar e essas mesmas podem te fazer sorrir.
Eu não sei quem é você e você não sabe nada sobre mim, só que mesmo assim, eu tenho certeza que a gente se conhece, se entende e se gosta, custou a cair minha ficha mas caiu, é guri, acho que agora fudeu.
Tu anda falando que eu sei quem você é e eu ando dizendo que você sabe quem eu sou, tu não faz parte do meu dicionário mas está entre as palavras que mais ando falando. I fall in love all over every time i speak about you e sinceramente não sei mais o que fazer, se eu realmente te conheço e você realmente está aqui, então aparece logo e me tira desse tédio do mundo, porque eu sei, mais do que qualquer um, que esse tédio só está aqui, porque mais nada pode preencher esse espaço de insensatez compulsiva que eu tenho, esse pedaço de mim que é exatamente você e mais nada.
Ah, você é tão lindo nos meus sonhos e quando sinto você aqui, eu não posso fazer mais nada além de desejar que venha até mim e me pergunte aquela coisinha de 3 palavras que tu podia começar a nossa carta e que me mataria aos pouquinhos de tanta vontade que eu iria ansiar em responder.

- Por onde andou?
- Por entre as nuvens em ti.