28 de dez. de 2017

me embaraço no teu cabelo como se eu fosse o próprio vento.
eu respiro aliviada no fim dos dias porque lembro do seu tórax comprimido contra o meu; porque lembro de deitar contra o seu peito e colocar o ouvido no seu lado esquerdo como coloco na beira de uma concha, esperando escutar o som do infinito. e escuto.

você me faz acreditar que pessoas e coisas se perpetuam.

não quero me mover um centímetro daqui.
mesmo que todo meu corpo se desloque enquanto apenas sua língua toca meu lábio inferior. mesmo que todos os meus pêlos se ericem enquanto minhas tristezas jazem inertes. mesmo que meu sangue ferva debaixo da minha pele, às vezes, dura e áspera, e borbulhe entre suas mãos.
eu vou evaporar os seus medos e fazer chover amor em você mesmo que o nosso tato apenas seja permitido em dias de folga semanal.
te festejo o ano todo em mim porque cada anoitecer em par é uma vitória quando amar parece uma luta lá fora.
eu te amo!
sigo protegendo o dogma que é a paz depois que te encontrei, essa é a minha verdade inquestionável e é com ela que meus pulmões se encher de ar. 

e felicidade.
ao te ver 
sorrir.

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