29 de jun. de 2010

ao fim do dia.

E o dia passa, as cores mudam, já é outra estação.
Passou o dia e eu nem vi, presa entre esse milhões de tijolos mesmo assim não é que não me agrada mas que simplesmente aconteceu, o dia começa e termina como qualquer outra coisa no planeta. O dia terminou e a gente continua deitado na cama com preguiça de ver o mundo acordar again. Tô ouvindo Nouvelle Vague sem parar nesses términos de tempo, como se de algum modo essa francesinha me amparasse quando você está a dormir e de eco só escuto suas pseudo-falas.
É difícil me deter quando começo a escrever, sabe disso, mas é mais forte que eu, ou eu escrevo todo amor que tem em mim ou eu guardo esse amor pra mim já que não sei ao certo como demonstrar, tá certo, eu sei, sou egoísta mas veja pelo lado bom, tendo o meu amor comigo quando estiver contigo, amor meu não vai te faltar.
Tô vivendo dias de glória, se é que me entende. E se não entende, explico, está tudo tão leve mais leve do que eu podia esperar e pra melhorar tem você, apesar de todas as contas que preciso pagar, está melhor que o esperado, a gente se basta e isso me completa, eufemismo puro.
Tô querendo casacos mais quentes - mesmo sabendo que seu corpo é o meu melhor casaco - o vento soprando em meu rosto e uma xícara de chocolate quente com conhaque com um bom trago de cigarro enquanto a gente ri de como o mundo é bobo quando estamos juntos e como é nostálgico saber que uma hora esse dia vai acabar, como eu disse, tudo acaba nesse mundo mas esqueci, olha só, esqueci de te fazer esquecer que assim como acaba no outro dia começa tudo de novo e aí você não perde tempo e ri de mim porque pareço boba demais por achar tão nostálgico um pôr-do-sol só por ele ser um pôr-do-sol e eu faço cara de quem comeu e não gostou e no final acabo por fazer uma careta e aí, lá se foi a nostalgia toda.
E mais um dia terminou, e logo ele vai começar de novo e já é hora de colocar minha francesinha pra cantar e escrever tudo o que o dia um dia foi, estirada na cama contigo, com aquela preguiça imensa de ver o mundo acordar, again again again and again.

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